Frustração, uma palavra que me tem acompanhado ao longo dos últimos anos em cada ida ao supermercado, na esperança de encontrar um pacote de massa que se assemelhasse à de que tenho memória. Consistente, saborosa, al dente. Felizmente (e porque esta jornada me tem fomentado o interesse na procura de alternativas aos "banidos" da dieta) tive conhecimento da gama de massas sem glúten da marca Rummo.

A Rummo é uma marca italiana especialista na arte de fazer pasta. Devido à crescente necessidade de aquisição de produtos isentos de glúten por parte de doentes celíacos de todo o mundo, há dois anos a marca decidiu lançar a sua mais recente linha sem glúten.

Em Portugal é possível encontrarmos nas grandes superfícies cerca de 3 variedades: esparguete, fusilli e penne, preparadas apenas com arroz integral, milho branco cru e amarelo, sem OGM, sendo tão deliciosas como a tradicional massa de trigo duro. A marca garante a qualidade como resultado da partilha do conhecimento de 6 gerações de experiência e paixão na arte de fazer massa.

Decidi experimentar, em primeiro lugar, a versão sem glúten de penne rigate. Bastou a primeira garfada para me aperceber de que a minha busca incessante por um pacote de massa de que realmente gostasse, tinha terminado logo ali. No meu garfo. Fiquei imediatamente fã do sabor, da textura, da consistência que em tanto se assemelha à penne tradicional. Nas semanas seguintes (como seria de esperar) fiz várias viagens ao Continente para me abastecer. Tendo experimentado já todas as variedades deixo aqui a minha recomendação. São óptimas e não percam tempo, não se vão arrepender!

Composição:

Arroz integral (36%);
Milho amarelo (32,5%);
milho branco (20%);
Arroz (8%);
Fécula de batata (3%);
Emulsionante (E-471).

Onde comprar:

Continente (por todo o país);
Modelo (por todo o país);
Jumbo (por todo o país);
Supermercado Go Natural (Lisboa);
Coutyfil (Penafiel)

Bom apetite!
~ A Mãe

Hoje trazemos uma farinha. Uma farinha que acreditamos ser capaz de produzir magia na cozinha! Esbarrei, pela primeira vez, com a Glebe Farm Gluten Free Self Raising Flour nas prateleiras de uma recatada loja da cadeia Glood, em Alverca. Era uma marca que ainda não conhecia, o preço era também bastante acessível e achei que a melhor opção seria, sem dúvida, trazê-la comigo para casa. E adivinhem? Fiquei extremamente contente com o resultado. Mesmo muito satisfeita.

Trata-se de uma farinha muito leve, indicada para a confecção de bolos, não necessitando de adição de fermento (self raising). O resultado são bolos muito fofos e com uma textura bastante macia. Tenho-a usado ao longo dos últimos meses não só na confecção de bolos como também em crepes, brownies e biscoitos. Recomendo vivamente!

Composição

Amido de batata
Farinha de Arroz
Fermento em pó sem glúten (bicarbonato de sódio e difosfato dissódico) Goma Xantana

Onde comprar

Lojas Glood (Alverca, Restelo, Telheiras, Benfica, Estoril, Cascais, Carcavelos, Areeiro e Oeiras

Bom apetite!
~ A Mãe

Há muito que pensávamos em confeccionar as famosas cookies de chocolate. Hoje foi o dia. Tcharan! Estas pequenas requerem pouco tempo de preparação, com ingredientes muito fáceis de encontrar em qualquer supermercado e o resultado não poderia ser diferente: umas bolachinhas totalmente isentas de glúten, estaladiças e extremamente deliciosas. Perfeitas para um lanchinho nestes dias mais frios de inverno!
Veja aqui em baixo como fazer.

Ingredientes:

3 chávenas de farinha de amêndoa;
2 ovos grandes;
1/2 colher de chá de bicarbonato de sódio;
3/4 de uma chávena de açúcar amarelo;
1/4 de chávena de pepitas ou pedacinhos de chocolate / cacau;
1 pitada de sal;
1 colher de chá de extracto de baunilha;
1/4 de chávena de óleo de côco;
1/2 chávena de manteiga derretida.

Modo de preparação:

Pré-aqueça o forno a 180º e forre um tabuleiro com papel vegetal. Numa tigela junte a manteiga, o óleo de côco e o açúcar amarelo. Depois junte também a baunilha e os ovos. Misture até estar tudo muito bem incorporado. Adicione o bicarbonato de sódio e o sal. Junte a farinha de amêndoa (uma chávena de cada vez), batendo tudo muito bem entre cada adição de ingredientes. Coloque no mesmo recipiente as pepitas de chocolate / cacau com o auxílio de uma colher de pau. Com a mesma colher de pau deite as rodelas de massa no papel vegetal deixando alguma distância entre elas.
Cozinhe 11-13 minutos ou até estarem douradinhas. Arrefeça e desenforme.
Dica: para evitar que a massa se espalhe, pode deixar a massa no frigorífico cerca de 30 minutos antes de as moldar na forma.

Atenção: receita que poderá ser adaptada para intolerantes à lactose (ovos)

Bom apetite!
~ A Filha

Numa tarde em que a água tomava conta das ruas da cidade de Lisboa, um forno bem quentinho mascarou-se de baú de lembranças. Lá de dentro foi possível retirar um pequeno mas valioso fragmento das nossas vidas: o eterno bolo de iogurte. Desta vez, adaptamos a clássica receita do bolo de iogurte às necessidades dos portadores da doença celíaca (e intolerantes em glúten) ao conseguirmos substituir a tradicional farinha de trigo por farinha sem glúten. Sim é possível e o resultado fica absolutamente surpreendente. A inclusão do iogurte grego ao invés de um iogurte natural confere-lhe uma textura que nos agradou bastante ao verificarmos que o bolo não ficou nem muito seco nem demasiado mole (ou como costumamos dizer, adormecido no prato) mas sim muito fofo, consistente e, claro, muito semelhante ao original em termos de sabor.
Veja aqui em baixo como fazer.

Ingredientes:

5 ovos;
200g de açúcar amarelo;
300g de farinha sem glúten (leia mais sobre esta farinha aqui);
50 ml de óleo
100ml de iogurte grego natural.

Modo de preparação:

Bater bem os ovos com o açúcar amarelo (poderá optar por utilizar açúcar branco, conforme a sua preferência). Juntar o óleo e misturar bem. Adicionar o iogurte grego natural e a farinha sem glúten, batendo levemente para criar ar. Untar e enfarinhar uma forma (com farinha sem glúten) e deitar a mistura. Agora é só deixar cozer o preparado em forno moderado (160º). Para verificar a sua consistência pegue num palito e espete-o no centro do bolo. Se o palito sair meio húmido é melhor deixar o bolo cozer mais uns minutos. Se o palito sair seco, o bolinho está pronto a sair.

Atenção: receita que poderá ser adaptada para intolerantes à lactose (ovos e iogurte grego natural).

Bom apetite!
~ A Filha

O restaurante La Trattoria, em Lisboa, com quarenta anos de história, começou há alguns anos a disponibilizar pratos sem glúten. Agora, procurando «acompanhar o mercado e a sua evolução», o restaurante aderiu ao projecto Gluten Free, sendo agora certificado como seguro para celíacos.

«A Trattoria começou a interessar-se pelo problema da doença celíaca há muitos anos, quando começou a ser mais frequente o aparecimento, principalmente de estrangeiros, com esta patologia», diz o restaurante em comunicado. De facto, foi em 2009 que decorreu o primeiro jantar sem glúten na Trattoria, na altura organizado pela APC Jovem no âmbito dos «jantares verdes», um conceito que procurava identificar e divulgar espaços seguros para as refeições dos celíacos.

No ano seguinte, a APC organizou uma acção de formação para todos os colaboradores do restaurante, procurando transmitir conhecimentos sobre a doença celíaca e os cuidados a ter com os clientes que seguem uma dieta isenta de glúten. Ainda em 2010, outro jantar convívio seria organizado no restaurante, procurando dar continuidade a esta sensibilização.

A partir de agora, o restaurante La Trattoria é também certificado pelo projecto Gluten Free da APC/Biotrab, procurando prestar o melhor serviço aos clientes celíacos e não só. «Estamos sempre em constante aprendizagem e investimos na formação dos nossos Chefs, pelo que além de sermos certificados em “Produção de Produtos sem Glúten”, temos uma forte preocupação na correta utilização de produtos potencialmente alergénicos, pois temos de estar preparados para as várias alergias e intolerâncias alimentares dos dias de hoje», afirma o restaurante.

Entre a opções sem glúten incluem-se várias entradas, risotos, pratos de massa, de carne e de peixe, além de várias sobremesas. Pode consultar o menu completo na secção Sem Glúten do site do restaurante: www.latrattoria.pt.

Ultimamente a abertura de novos cafés na Baixa lisboeta é uma constante; a lista não para de crescer. Um dos novos espaços é o Nicolau Lisboa, uma cafetaria que pertence ao Home Lisbon Hostel. Longe da multidão que passa diariamente na Rua Augusta, este novo espaço abriu na Rua de São Nicolau – daí o nome do café. Neste espaço tem-se o privilégio de estar no centro da cidade e, ao mesmo tempo, a sorte de estar numa rua calma onde se pode desfrutar de um momento descontraído. No Nicolau pode-se tomar o brunch (12€) a qualquer dia e hora da semana – mas atenção que a cozinha fecha às 17h30. O brunch inclui panquecas, taça de iogurte, sumo de laranja, uma fatia de bolo, um cesto de pão, manteiga, doce, queijo, fiambre, chá ou café. Fome, certamente, não irão ter! Para além do brunch, o Nicolau apresenta variadas opções no menu, sendo que a maior parte foi pensada num estilo de vida mais saudável. Aqui, encontram as famosas taças de açaí, papas de aveia, tapioca e taças de iogurte. Enfim, todos os pratos saudáveis da moda. Para uma refeição mais composta o Nicolau oferece pratos como o prato do dia (8,50€) ou saladas (8,50€).

Para lanchar peçam a famosa panqueca Nicolau. Esta panqueca é gigante e vem acompanhada com amoras, mascarpone e um fio de mel. Neste café é tudo pensado ao pormenor, desde a comida à decoração. Todos os elementos do Nicolau proporcionam um ambiente tal que vão passar lá horas a fio sem dar por isso. No interior, o café tem diversas mesas – até tem um espaço para entreter os mais pequeninos –, e uma das mesas, a mesa da torradeira, tem uma torradeira Smeg no centro para que os clientes a utilizem. Para os dias de sol e calor a esplanada talvez seja a melhor opção.

Podem visitar o Nicolau Lisboa entre as 9h e as 18h30 na Rua de São Nicolau 17. Quando virem um espaço verde menta entrem, é aí mesmo.

Tenho ouvido falar muito na Zarzuela desde que obteve a certificação e começou a disponibilizar pão, bolos e outras tantas refeições sem glúten. E ja havia passado à porta muitas outras vezes antes. Desta vez, entrei para desfrutar daquele hábito tão português do café com pastel de nata, algo que não fazia praticamente desde que me foi diagnosticada a doença celíaca. E só o facto de o poder fazer, sem recorrer a bolos congelados, já é algo inédito e muito bom. Depois, o sabor, que é tudo menos artificial, a massa, que consegue ser leve e ligeiramente estaladiça, numa aproximação muito satisfatória às recordações que tenho de um pastel de nata de há uns anos e, claro, o preço, que acresce uns meros 60 cêntimos ao preço do pastel de nata convencional, em vez de ser quase o dobro, como já é habitual nos produtos sem glúten. Fica a promessa de um regresso para experimentar as pizzas!